Nas telas vibram mentiras bem vestidas,
manchetes gritam o que nunca existiu.
Fatos torcidos, a verdade diluída,
e a confiança, um vidro que partiu.
Palavras bailam em ritmo insano,
rodopiam entre ecos de incerteza.
O falso dança como um soberano,
num salão onde a dúvida é certeza.
Cada clique é um passo na valsa,
cada compartilhamento, um aplauso vazio.
E o público, com olhos vidrados,
assiste ao espetáculo sombrio.
Onde está a luz para romper o véu,
que esconde o real em sombras distorcidas?
Que sejamos o eco que busca o céu,
reconstruindo histórias não esquecidas.
A dança não para, mas podemos mudar,
pois a razão é o compasso que devemos guiar.