Para minha princesa Déborah,
e meu príncipe Jesseh.

No pátio da escola, um toque sutil,
Ela, com olhos de sol, ele, céu de anil.
Brincadeiras dispersas, risos sem fim,
Dois irmãos, um laço, um mundo enfim.

Ele corre na frente, ela segue atrás,
O vento nos cabelos, o tempo que faz.
Olhares que trocam, um brilho que aquece,
Um gesto de afeto que o coração enobrece.

Nos corredores da vida, na sala de aula,
Ele a protege, ela o ampara.
Em cada desafio, uma força que brota,
União que inspira, uma história devota.

Em casa, à mesa, o jantar em família,
Risos compartilhados, uma noite tranquila.
Ela desenha sonhos, ele canta canções,
Unidos em rotineiras emoções.

Nas palavras não ditas, um mundo a contar,
Ela o compreende, ele sabe cuidar.
Dois irmãos atípicos, um elo profundo,
Olhares que falam, um amor fecundo.

Cada olhar um poema, cada sorriso uma flor,
Ela, princesa linda, ele, pacotinho de amor.
Nas brincadeiras diárias, na rotina comum,
Um amor inquebrável, tão raro e incomum.

Olhares atípicos, tão cheio de vida,
Nele a essência, a beleza contida.
Dois corações que se encontram no caminho,
Irmãos inseparáveis, em um destino divino.

Amados, poucos e queridos, leitores,

Hoje foi mais um dia desafiador na minha jornada como professor. Entrei na sala com minha energia habitual, pronto para compartilhar conhecimento e inspirar meus alunos. No entanto, como em muitos outros dias, encontrei um cenário comum: alguns alunos estavam completamente absortos em seus celulares, jogando joguinhos; outros, envolvidos em conversas animadas entre si; e uma pequena parte, lutando contra o sono, com a cabeça quase tombando sobre as carteiras.

Comecei minha aula com entusiasmo, tentando chamar a atenção de todos com uma abordagem divertida e interativa. Mesmo assim, a distração era palpável. Às vezes, me sinto como um funâmbulo, equilibrando-me entre a paixão pelo ensino e a frustração por não conseguir alcançar todos como gostaria.

Mas, queridos, há uma luz que nunca se apaga. Enquanto falo, meus olhos sempre encontram aqueles poucos alunos que estão verdadeiramente presentes, atentos, e interessados no que tenho a dizer. São esses rostos atentos que me dão forças e renovam meu propósito.

Esses alunos me lembram por que escolhi ser professor. Não é pela glória, nem pelo reconhecimento, mas pelo impacto que posso ter, mesmo que seja em apenas uma vida de cada vez. Sei que o conhecimento que compartilho pode transformar suas trajetórias, abrir novas portas e despertar paixões ocultas.

A cada sorriso de entendimento, a cada pergunta curiosa, sinto que todo esforço vale a pena. E, apesar das dificuldades e das distrações, sigo firme, pois é por esses alunos, que realmente se importam, que estou aqui na labuta em sala de aula.

Hoje, dia 08 de Maio de 2024, foi marcado pelo princípio do meu site de Escritor aqui no Recanto das Letras. É só o começo, e estou pensando em usar esse espaço para postar e publicar meus textos de educador de Língua Portuguesa e de Educador Especial. Claro que eu concordo com o futuro é sempre incerto e o destino é incontrolável às mãos humanas, porém meu projeto é esse e até segunda ordem não pretendo mudá-lo. Somente pode haver mudança se vocês, bravos leitores, manifestarem-se e me dizerem que esses textos não valem nada para vocês. Aí eu pensaria em mudar. 

Sigamos em frente, portanto, leitores de todo o mundo e nos unamos às letras e às literaturas. 

Bons estudos.