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Eduardo Nagai
Contos, crônicas e poesias de um professor surtado.
Textos

O ANO DE 2024: UM GOSTO AGRIDOCE

 

O fim do ano é como uma estação de trem, que vemos partidas e chegadas. Dezembro chega, carregado de expectativas e saudades, como se a vida pedisse um instante para revisitar o que ficou para trás. As ruas se iluminam, mas não é só de luzes que falamos; há algo mais: é o brilho das esperanças renovadas, o reflexo do que desejamos ser quando 2025 abrir a porta. Cada ciclo que se encerra traz um gosto agridoce, uma mistura de despedida e expectativa.

 

Para muitos, 2024 foi uma montanha-russa de emoções, uma sucessão de altos e baixos. Talvez tenha sido um ano de realizações ou de recomeços atrasados. Para outros, foi um ano solicitado, aqueles que desabilitam os fôlegos extras para continuar. Mas, independentemente do balanço pessoal, há uma coisa que é um a todos: o calendário implacável que nos empurra para frente, sempre para frente.

 

Enquanto a contagem regressiva se aproxima, surge uma pausa progressiva para refletir sobre o que aprender. Há algo quase mágico em perceber que, mesmo nos momentos difíceis, sobrevivemos. O que parecia insuportável agora é uma memória distante, uma marca que nos faz mais fortes. É uma prova de que a vida continua, e nós também.

 

Com 2025 à espera, nos perguntamos: o que virá? Há algo fascinante no desconhecido, na página em branco que se abre diante de nós. Os planos começam a ser traçados, as metas ganham contornos. Mas será que aprender a ser mais gentil conosco? Será que estamos prontos para abraçar não apenas as conquistas, mas também as falhas? Afinal, a vida não é feita apenas de pontos finais, mas também de vírgulas e reticências.

 

Dezembro, com sua dualidade de fim e começo, nos ensina que cada ciclo da vida é uma oportunidade de reescrever nossa história. Não há erro tão grande que não possa ser corrigido, nem sonho tão distante que não possa ser perseguido. A cada ano que termina, recebemos um lembrete silencioso: viver é uma arte, e o tempo é o pincel que transforma nossos dias em obras únicas.

 

Os dias finais de 2024 são um convite à gratidão. Agradecer não só pelas vitórias, mas pelas lições aprendidas, pelas pessoas que cruzaram nosso caminho, pelas chances de começar de novo. O que carregamos conosco ao atravessar essa fronteira invisível para 2025 é o que nos define: nossos aprendizados, nossas esperanças e, principalmente, a coragem de continuar.

 

Quando os fogos de artifício iluminarem o céu e o relógio anunciarem o novo ano, que esperamos olhar para frente com mais fé do que medo. Porque, no fundo, o futuro não é um desconhecido. Ele é apenas um velho amigo que ainda não teve o prazer de conhecer.

Prof Eduardo Nagai
Enviado por Prof Eduardo Nagai em 10/12/2024
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