Há um tumulto em meu peito, um grito sem som,
Um ritmo descompassado que desafia o tom.
É o coração que não se cala, que não obedece,
Um rebelde pulsar que sempre me enlouquece.
Quer amar o proibido, desejar o inalcançável,
Acreditar no impossível, viver o insustentável.
Segue trilhas que a razão não ousa pisar,
É fogo que consome, é mar a transbordar.
Tenta domá-lo quem quiser, com rédeas de ferro,
Ele rasgará as amarras, abrirá o seu cerro.
Coração errante, caçador de emoções,
Mestre do caos, rei das contradições.
E ainda assim, amo sua insensatez,
Por me lembrar que viver é perder a rigidez.
Pois na fúria de amar, na loucura da paixão,
Habita o mistério do incontrolável coração.