Navegar já não é mais o destino,
Perdemos o vento, os mapas, a bússola.
As águas nos carregam sem rumo,
Um mar de incertezas que não escolhemos cruzar.
Esquecemos que a vida é o porto,
A âncora que segura nossos dias.
Enquanto buscamos horizontes distantes,
Deixamos a terra firme escapar por entre os dedos.
Viver é preciso, mais do que o navegar,
Sentir o chão sob os pés, o sol na pele.
Os instantes que deixamos para depois
São os tesouros que jamais recuperamos.
É tempo de retornar à essência,
De redescobrir o agora.
Não há necessidade de fugir ao infinito
Quando o que importa já está em nossas mãos.
Navegar é belo, mas viver é urgente.
Ancorar-se ao presente é um ato de coragem,
Pois somente no aqui e no agora
É que encontramos o sentido da existência.