Nossa, gente, que triste.
Fiquei sabendo agora sobre algo que aconteceu com um Youtuber e teólogo Daniel Mastral. Dia 5 de agosto de 2024, uma segunda feira, ele foi encontrado sem vida numa área de mata, aos 57 anos de idade. Ele era um líder cristão e tudo indica que se matou na noite anterior, ou seja, dia 4. Ouvindo alguns áudios vazados por pessoas próximas ao Youtuber, vemos que em sua vida havia muita tristeza, pois ele tinha vivido não há muito tempo a morte de um filho de 15 anos (em 2018), que se jogou em frente de um trem, e de sua esposa em 2021. Ele já estava se reconstruindo, casou-se novamente, mas de acordo com relatos de amigos, ele não buscou profissionais como psicólogos e psiquiatras para resolver esse trauma. Queria fazer algumas considerações sobre tudo isso.
A vida moderna nos coloca diante de um paradoxo inquietante: quanto mais conectados estamos no mundo digital, mais desconectados parecemos estar da realidade que nos cerca. O caso de Daniel Mastral, que nos deixou de forma trágica, nos faz refletir sobre a armadilha em que muitos de nós caímos. A vida digital, repleta de seguidores, likes e opiniões instantâneas, muitas vezes cria uma ilusão de pertencimento e validação que, ao mesmo tempo, pode isolar-nos das verdadeiras conexões humanas. A pressão para manter uma imagem online, para estar sempre presente e ativo, pode nos afastar de nós mesmos, e, sem perceber, podemos nos encontrar presos em um ciclo de ansiedade e desgaste.
Por isso, é essencial buscar o equilíbrio entre o mundo digital e o mundo real. Não é errado participar da vida online, mas é crucial lembrar que as interações virtuais não substituem os laços afetivos construídos no dia a dia, com a família e os amigos que realmente importam. Precisamos cultivar o hábito de desconectar, de olhar nos olhos de quem está ao nosso lado, de valorizar as conversas sinceras e os momentos de silêncio. É nesses instantes que nos reconectamos com nossa própria humanidade, com aquilo que nos dá sentido e nos mantém ancorados em meio às turbulências da vida.
A tragédia de Daniel nos relembra a importância de buscar sempre o bem, de cuidar de nós mesmos e dos outros, especialmente quando a vida digital tenta nos seduzir com sua falsa promessa de plenitude. O verdadeiro sucesso não está na quantidade de seguidores ou na popularidade online, mas na profundidade das nossas relações e na capacidade de estar presente para aqueles que amamos. Ao cultivarmos essa consciência, encontraremos o equilíbrio necessário para viver de forma plena, sem perder de vista o que realmente importa.
Toda essa história nos mostra que devemos sempre buscar esse equilíbrio. Não há problema em criar uma vida digital, buscar o sustento nesses ambientes movediços, porém precisamos também alimentar nossa vida real, que é o que realmente importa. Estar sempre ao lados de nossos familiares e amigos que estão de fato presentes em nossa vida. Busquem sempre o bem, gente, e se você precisar, busque apoio de profissionais. Eu mesmo faço terapia e é muito bom, vale muito a pena. É através de uma ajuda especializada que podemos nos encontrar e equilibrar de forma sadia entre a vida real e a vida digital.